Páginas

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Flores

Há uma rosa seca no meu quintal
um sufoco recluso no meu fôlego
conto errante no meu peito, um lamaçal
e um verso solto dentro do miolo;
Há uma rosa murcha no meu quintal
e nela ainda fito beleza
é velha, surrada mas ainda brilha
pois seu caule repousa e ainda beija;
Há uma rosa morta no meu quintal
mas não tão torta que eu não possa consertar
cortar o talo e na água cultivar;
Não há mais rosa no meu quintal
há um vaso no centro da minha mesa
e deste jarro sucumbem pétalas molhadas
tal qual o caminho que me leva à jardineira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário