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quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

À Flor da Pele

À Flor da Pele
Ando tão ferida que mesmo se tigres dilacerassem-me as entranhas, seria como anestésicos com garras. Já me acostumei com a dor, mas com a dor de não sentir nada. Isso me incomoda um pouco, ao contrário nem me daria o trabalho de escrever.
Vago agonizando pétalas porque espinhos fazem de mim o que eu sou: um fantasma!
Talvez eu seja a rainha de espadas, caminhando no limbo. A diferença é que ela aprendeu a sentir. Meu coração sequer bombeia sangue - um misto de caos e solidão transitando ao luar, sem a menor perspectiva de curar-se. À flor de pele, seguindo no nada, existo.

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